Tendência é investir mais em programas de premiação e bônus

Com as novas regras da reforma trabalhista, cresce nas empresas a tendência de criar mais programas de premiação e bônus para o alto escalão. É o que afirmam consultorias de recursos humanos ouvidas pelo Valor. A expectativa é que as ações incentivem a produtividade das equipes, especialmente no topo da pirâmide.Pesquisa da consultoria Page Executive indica que os principais benefícios oferecidos aos executivos de alto escalão no Brasil são planos de saúde, com 90% de participação, seguro de vida (77%) e carro (64%). Outras gratificações, como blindagem automotiva e pagamento de escolas para os filhos, também foram citados. Aparecem em baixa auxílio- moradia para presidentes e diretores, principalmente em transferências de domicílio, com queda de quase 50% de adesão, nos últimos cinco anos. “Os convites para os executivos expatriados ou de outras cidades foram afetados pela crise econômica, que obrigou as empresas a cortarem custos com mudanças”, diz Fernando Andraus, diretor executivo da Page Executive. Como novos caminhos no setor, ele destaca a permanência da oferta de planos de saúde privados, mas com maior participação dos funcionários no pagamento compartilhado, e leve queda na concessão de carros para as diretorias. “O automóvel perdeu um pouco do valor ‘percebido’ entre executivos mais jovens e aderentes a outras formas de mobilidade.” Entre os benefícios em alta, ele cita a combinação do salário com bônus de curto e longo prazo, como opções de compra de ações das empresas.Toni Camargo, diretor de operações e RH da Randstad, lembra que as mudanças da reforma trabalhista não têm reflexos apenas nas modalidades de contratação. “Agora, é possível instituir novas formas de política salarial, sem a obrigatoriedade de parte da verba da remuneração receber encargos previdenciários e trabalhistas”.Grande parte dos benefícios antes da nova lei gerava discussões na esfera trabalhista, como prêmios, bônus, compra de medicamentos, alimentação e reembolsos de combustível. “Havia o entendimento que faziam parte do salário e portanto passíveis de reflexos em verbas trabalhistas.” Agora, prêmios e abonos não integram mais a remuneração e estão livres de taxas trabalhistas e previdenciárias. “Isso abre oportunidade para as empresas reverem suas políticas de benefícios”, diz. “Com as novas regras, poderão desenhar incentivos voltados à premiação e bônus.” 

Para Camargo, a mudança vai ajudar nas estratégias de retenção e atração de bons currículos. “Dependendo da necessidade de cada empresa, ela poderá lançar programas para atrair, por exemplo, um profissional que gere diferencial competitivo na organização.”Segundo Felipe Pacheco, gerente geral de vendas e marketing da Harpio People Results, nos futuros programas de incentivo, o profissional terá autonomia para escolher os benefícios que correspondam ao seu momento de vida”. “No futuro, o conjunto de benefícios deve funcionar como um programa de pontos, com modelos de crédito direto em um cartão e vantagens atreladas a serviços, conforme o perfil do colaborador.” Até lá, com a nova lei, também devem ganhar espaço premiações complementares, ligadas à área comercial, como comissões de venda.Na OdontoPrev, de planos odontológicos, executivos do alto escalão recebem carro com todas as despesas pagas, verba mensal de combustível e podem trocar o veículo a cada três anos, explica a diretora de recursos humanos Rose Gabay.

Fonte: Valor Econômico – Por Jacilio Saraiva

 

COMENTÁRIO PEREIRA & BUENO – Por: Aline Andreoli

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